sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Apesar de ocupação da prefeitura, usuários de droga resistem a deixar imediações da cracolândia

Usuários de crack são flagrados a 200 metros da base montada pela prefeitura na Avenida Brasil
Usuários de crack são flagrados a 200 metros da base montada pela prefeitura na Avenida
RIO - Cerca de 50 usuários de crack ocupam, na manhã desta quarta-feira, o canteiro central da Avenida Brasil, na pista sentido Zona Oeste, na altura da Favela Nova Holanda. Muitas crianças, adolescentes e adultos - entre eles mulheres - dormem no chão puro ou em colchonetes. Na pista sentido Centro, na altura do Parque União, outras dez pessoas estão debaixo de cabanas feitas de lençol e papelão. Os usuários de drogas estão a 200 metros do ponto de acolhimento aos dependentes montado pela prefeitura, nesta terça-feira, quando o município e a Secretária de Segurança Pública fizeram uma megaoperação de combate à droga durante a madrugada na cracolândia do Complexo da Maré.
Na ação desta terça-feira, pela primeira vez, a prefeitura realizou internações involuntárias de adultos dependentes de crack. Vinte e nove usuários da droga foram levados para hospitais públicos, a partir da orientação de uma equipe médica. Ao todo, foram retirados das ruas 99 dependentes, sendo oito menores.
Segundo o subprefeito da Zona Norte, André Santos, equipes da Assistência Social e Saúde fazem o trabalho de convencimento e acolhimento dos dependentes. Das 6h de terça até a manhã desta quarta-feira, outras seis pessoas foram acolhidas, entre elas uma mulher de 25 anos, grávida de nove meses. Nenhum caso de internação involuntária.
Ainda de acordo com André Santos, na cracolândia da região havia cerca de 300 usuários.
— Pelo nosso trabalho de convencimento e a operação realizada, hoje (quarta-feira) 50 pessoas estão na região. O nosso trabalho não é compulsório. A internação involuntária é para pessoas com incapacidade de decisão e risco à saúde — disse Santos.
A subprefeitura da Zona Norte identificou outras duas cracolândias: uma nas imediações das comunidades Árvore Seca e Cachoeirinha, no Complexo do Lins; e a outra na Favela Cajueiro, em Madureira.


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