Ao ser capturado, Antônio ainda teria oferecido R$ 2 mil aos policiais para que fosse liberado. O suspeito — que já tinha seis anotações criminais — foi autuado na 37ª DP (Ilha do Governador) por estelionato, receptação e corrupção ativa.
Dois comerciantes, vítimas do estelionatário, foram à delegacia prestar depoimento. Eles pediram para não serem identificados. Um deles, dono de uma loja de ferragens, contou que Antônio dizia ser pastor de uma igreja batista e, com os cheques em nome de terceiros, fazia compras:
— Ele aplicou o golpe em vários comerciantes da região. Os valores dos cheques eram sempre maiores do que as compras e, assim, ele ficava com o troco.
Vítima duas vezes
Outro lojista, proprietário de uma loja de materiais de construção, foi duas vezes alvo do golpista.
— A primeira vez foi há dois anos, quando eu tive um prejuízo de cerca de R$ 500. Nós não desconfiamos de nada porque ele falava bem e tinha boa aparência, além de dizer que era pastor. Na segunda vez, há cerca de um ano, eu o reconheci e, quando ele percebeu, fugiu. Nessa ocasião, ele estava com um cheque de R$ 785.
O troco que Antonio pedia nas compras era sempre em torno de R$ 200 e os comerciantes só descobriam o golpe ao tentarem fazer o saque, quando eram informados que os cheques tinham sido roubados.
Segundo os PMs, Antonio teria sido expulso do Corpo de Bombeiros. A informação não foi confirmada pela assessoria da Polícia Civil.
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