quarta-feira, 27 de março de 2013

Manicure de Barra do Piraí confessa: ‘Coloquei a toalha nele, tapando a via respiratória com a mão’

Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, a manicure de 22 anos presa pela morte de João Felipe Eiras Bichara, de 6, em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, confessou ao EXTRA o assassinato do menino. Em vídeo exclusivo, a jovem explica como asfixiou a criança e dá sua versão para o crime. Suzana está desde terça-feira no presídio Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
O que aconteceu?
Eu não fiz isso sozinha. Tive a ajuda dos taxistas e do recepcionista do hotel. Só que eles armaram de uma forma, que se desse errado, a culpa ia cair em mim.
Por que você fez isso?
Era para dar um susto no pai. Tivemos um relacionamento de 1 ano e 6 meses. Não queria mais nada, mas ele estava insistindo.
Você planejou o crime?
Planejei, há duas semanas, pegar a criança, dar um susto e soltar em algum lugar.
Como você matou o menino?
A situação saiu de controle quando o cara da recepção subiu e ficou na porta do quarto, dizendo que eu tinha de dar um jeito de matar a criança. Coloquei a toalha nele, tapando a via respiratória com a mão. E como ele batia os pés, o cara pegou o lençol e amarrou as pernas dele.
Suzana com uniforme da Seap, no Complexo Penitenciário de Gericinó
Suzana com uniforme da Seap, no Complexo Penitenciário de Gericinó Foto: Seap / Divulgação
Manicure passou a noite na prisão
A manicure já usa o uniforme verde da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap). Suzana matou a criança em um quarto do Hotel São Luiz, no Centro de Barra do Piraí, na Região Sul Fluminense. Segundo a polícia, ela disse que sequestrou a criança e pediria um resgate em dinheiro para saldar a dívida que o seu irmão contraiu com traficantes.
A manicure antes, em foto de perfil na internet, e depois, após uma noite na prisão
A manicure antes, em foto de perfil na internet, e depois, após uma noite na prisão Foto: Fotomontagem / Extra
Acostumada a frequentar salões de beleza, desde que foi presa, o visual da manicure mudou drasticamente. O cabelo já não é o mesmo: foi cortado baixo. Segundo a Seap, o aplique da manicure precisou ser retirado pois as detentas não podem utilizar este tipo de acessório na cadeia. A pele não tem mais o cuidado da maquiagem e ela ainda ostenta, no rosto, inchaço que pode ter sido provocado por algum tipo de pancada.
João Eiras
João Eiras Foto: Facebook / Reprodução
Depois de executar João, ela cobriu o corpo com um lençol e saiu do hotel em um táxi. O porteiro do estabelecimento, identificado apenas como Eduardo, telefonou para a delegacia. Segundo a testemunha, a manicure chegou a ocupar um dos quartos e saiu com a criança, que parecia que estava desacordada.
A manicure foi localizada em seguida pelos policiais e levada para a delegacia, onde continuou negando o envolvimento no sequestro. Os inspetores, porém, acabaram encontrando a criança, já morta, dentro de uma mala que estava na casa da mulher, na Rua Cristiano Otoni, também no Centro. Com a confirmação da morte e a descoberta do local onde fora encontrado o corpo da criança, a manicure acabou confessando a autoria do crime.


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